Presidente estadual do PL e secretário geral do partido em nível nacional, o senador Rogério Marinho avalia que o cenário político para as eleições gerais de 2026 é amplamente favorável à oposição e, principalmente, ao ex-presidente Jair Bolsonaro, caso consiga reverter a atual situação de inelegibilidade.
Líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho, também confirmou que o ex-presidente vem sexta-feira (11) ao Rio Grande do Norte, lançar o programa “Rota 22”, que está sendo levado pelo PL a diversos estados da Federação.
Marinho informou que Jair Bolsonaro chega às 11 horas para visitar o projeto “Cidade da Moda” em Acari, na região do Seridó, depois, no começo da tarde segue para a barragem Oiticica, em Jucurutu, e início da noite vai estar em Pau dos Ferros, no Alto Oeste do estado, onde lança a primeira etapa do “Rota 22”.
“Eu, inclusive, propus um projeto como secretário-geral de mobilização do partido, que não ficará apenas no Rio Grande do Norte. E vamos ouvir a população, vamos fazer no Rio Grande do Norte, por exemplo, 35 oficinas e nove eventos em várias regiões geográficas do Estado, para apresentarmos propostas de resolução para os problemas que o estado apresenta”.
Em relação à sucessão presidencial, Marinho chega a fazer uma comparação com o presidente Lula, indagando sobre os quadros políticos da esquerda que poderiam ser candidatos à sucessão presidencial com vigor: “Só tem Lula, que não dá sombra, é um mandacaru, ninguém floresce ao lado de Lula, que não consegue permitir que nasça uma liderança”.
Do lado da direita, explica Marinho, “o que aparentemente é um problema” – o surgimento de diversas pré-candidaturas -, “na verdade é uma enorme qualidade, a direita tem muitas alternativas”.
Agora, segundo Marinho, a direita tem o o maior líder, que é o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Quando se fala de plano A, B e C, ele brinca dizendo, meu plano A é Jair, meu plano B é Messias e meu plano C é Bolsonaro, ele diz com propriedade, porque estamos vivendo num país em que ninguém poderia imaginar que um cidadão que estava condenado em três instâncias por crimes graves de corrupção, pudesse ter de repente por erro formal geográfico, não era pra ser em Curitiba, era pra ser em Brasília, Lula não foi inocentado, o seu processo foi paralisado por uma questão de um erro que foi apontado cinco anos depois de iniciado, então, esse cidadão hoje está sentado na cadeira de presidente da República”.
Rogério Marinho argumentou que se o parlamento aprovar a anistia “e conseguirmos reverter a elegibilidade do presidente, até porque não transitou em julgado, há ainda recursos em tramitação!”.
“Então, o Bolsonaro é alguém que onde ele vai é aclamado, é acariciado, é aplaudido, ele anda em avião de carreira, não tem medo. Metade do avião, e eu já estive ao lado dele, várias oportunidades, se levanta para tirar foto com ele durante o vôo. Quando ele desce, os comissários de bordo pedem para tirar foto com ele. O pessoal de apoio pede para tirar foto com ele. Aonde vai ele arrasta multidões”.
Para Marinho, Bolsonaro tem uma empatia, um carisma hoje que o torna o maior líder popular do Brasil “pelas mesmas razões que ele é criticado por muitas pessoas, que têm que se lembrar que Bolsonaro só foi presidente do Brasil porque ele foi candidato sem dinheiro, sem partido, sem tempo de televisão, dizendo o que disse e sendo honesto com o que ele acreditava”.
Marinho acrescenta que “as opiniões que Bolsonaro tem, muitas vezes impoliticamente corretas, e são opiniões que representam seguramente um contingente expressivo da população brasileira. Porque está cansada de mimimi”.
Tribuna do Norte