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Farra do INSS: Assessor apontado como “laranja” quer delatar parlamentares envolvidos no esquema

A possível delação do assessor da Confederação Nacional dos Agricultores e Empreendedores (Conafer), Cícero Marcelino, deve aumentar a lista de parlamentares mineiros envolvidos no esquema da Farra do INSS. A notícia é do Portal Metrópoles

Cícero era responsável por movimentar os valores desviados pela Conafer do contracheque dos aposentados e distribuí-los aos beneficiários finais do esquema por meio de empresas de fachada. Ele está preso próximo a Presidente Prudente, no interior de São Paulo, desde o início de novembro deste ano. Agora, sua defesa estuda um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).

Alfredo Gaspar (União-AL) questionou o presidente da Conafer, Carlos Lopes, sobre a relação da entidade com a fraude dos descontos indevidos
A expectativa é que Cícero revele o caminho do dinheiro desviado pela Conafer e os envolvidos no apoio político ao esquema.

A PF descobriu que a entidade usava uma lotérica no interior de Minas Gerais para pagar propina a um núcleo político que incluía o deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG) e seus assessores. Em reportagens anteriores do Metrópoles, Pettersen negou irregularidades.

Pettersen, no entanto, não seria o único político mineiro envolvido. A coluna apurou que um senador e outro deputado federal de Minas Gerais também teriam sido beneficiados pelos pagamentos – o que aumenta a pressão pela delação de Cícero.

Além de Cícero, sua esposa, Ingrid Pikinskeni, também está na mira da PF por ter aberto empresas usadas na distribuição do dinheiro da Conafer. Ela foi alvo de mandados de busca e apreensão no início de novembro.

Cícero depôs na CPMI do INSS em 16 de outubro, quando parlamentares já haviam tentado convencê-lo a fazer a delação. O cenário agora seria diferente, devido à sua prisão e ao risco de prejuízos à sua esposa.

Presidente da Conafer está foragido

Enquanto Cícero está preso, o presidente da Conafer, Carlos Lopes, continua foragido da Polícia Federal. Ele é procurado desde segunda-feira (17/11) sob a acusação de chefiar um esquema que desviou ao menos R$ 640 milhões de aposentadorias associadas.

Segundo apuração da coluna, Lopes estaria em um retiro indígena no sul da Bahia. Sua defesa alega que ele irá se apresentar assim que “tiver acesso aos autos do processo”.

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