O Tribunal do Júri Popular, de Mossoró-RN, condenou o agricultor Lucas Sousa de Moura, de 34 anos, a 18 anos e 9 de prisão pelo assassinato de Francisco de Assis Azevedo, o Nego do Baralho, natural de Campo Grande, crime este ocorrido no dia 12 de julho de 2024, na Vila Brasília da Serra do Mel-RN. TJP aconteceu a partir das 9 horas deste dia 17 de setembro de 2025 no Fórum Municipal sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Na acusação, o promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins e na defesa o advogado Mário Ferreira de Aquino Neto.
Os trabalhos começaram quando o réu Lucas Sousa de Moura chegou do Presídio de Alcaçuz. O juiz Vagnos Kelly fez o sorteio dos sete jurados, sendo três mulheres e quatro homens. A testemunha Márcio Lemos da Silva, arrolada pela defesa, foi dispensada.
Neste mesmo processo, tem outros dois réus. Joabe Lima Tragino, o Gordinho de Zimar, que morreu em confronto com a Polícia do Estado de Sergipe, e Márcio Lemos da Silva, que recorreu da pronúncia, alegando que é inocente do assassinato do Nego do Baralho.
Joabe Tragino seria o contratante de Lucas Moura para matar Nego do Baralho, para vingar o assassinato do pai Francimar Josemar Tragino, ocorrida 30 dias antes. Márcio Lemos teria alugado o carro para Lucas Moura matar Nego do Baralho.
E foi exatamente o GPS deste carro alugado por Márcio Lemos que terminou ajudando a policia é esclarecer os fatos pontualmente, com riqueza de detalhes. Estas informações foram mostradas em plenário exaustivamente pelo promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins.
Ítalo Moreira pediu a condenação do réu por homicídio qualificado, falando que a vítima não teve como se defender, por ter sido pega de surpresa.
Já o advogado Mário Aquino trabalhou para convencer os jurados que o réu Lucas Moura era inocente, seguindo o que ele declarou no plenário.
Lucas afirmou que foi baleado numa tentativa de assalto que sofreu e não trocando tiros com Nego do Baralho.
Concluído os debates no plenário entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença foi convocado a Sala Secreta pelo juiz presidente dos trabalhos Vagnos Kelly. Decidiram pela condenação do réu nos termos propostos pelo promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins.
Com base no que foi votado em Sala Secreta, o juiz Vagnos Kelly aplicou pena de 18 anos e 9 meses de prisão inicialmente em regime fechado para Lucas Moura. Apesar da decisão do júri ser soberana, as partes podem recorrer da decisão num prazo de 5 dias.
Fonte: MH